Conta-se que o Imperador Teodósio, indo um dia assistir à lição que o ilustre Arsênio dava a seu filho Arcádio, herdeiro da coroa, estranhou muito achar o mestre de pé, e o jovem príncipe sentado, e determinou que a partir daquele dia o mestre falasse da cadeira, ouvindo-o o futuro rei, reverentemente de pé e de cabeça descoberta.
Assim inculcou aquele egrégio monarca a seu filho a grande lei do respeito, sem a qual toda educação se torna impossível. E se tanta reverência se deve aos mestres, quanto maior não é a devida aos pais? Não é só respeito, não é só mistura de temor e de amor; é mais que isso: uma profunda veneração, que lhe devemos, uma espécie de culto. E por isso o respeitoso amor dos filhos se chama também piedade.
Nunca devem, portanto, os filhos tomar diante dos pais posturas inconvenientes: fumar, dar risadas descompostas, chasquear deles ou tratá-los com demasiada familiaridade.
"Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá" - diz Deus no quarto mandamento do Decálogo (Êxodo 20:12).
“Filho meu, não te esqueças da minha lei, e guarda em teu coração os meus mandamentos, porque estes te darão dilatada vida, anos ditosos e paz” (Provérbios, capítulo 3).
Ouvi, filhos os conselhos de vosso pai e segui-os de tal sorte que sejais salvos. O que honra seus pais achará alegria nos filhos, que também o honrarão do mesmo modo e será ouvido no dia da sua oração.
Que magníficas promessas! A nenhum dos outros mandamentos conferiu Deus sanção de prêmio. A este, porém, ajuntou o de uma dilatada e feliz vida como incentivo de sua observância. Ditosos, mil vezes ditosos os filhos que honram seus pais, que os honram tributando-lhes obediência, respeito, amor e serviços!
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